"Diversidade e participação coletiva - escola em mudança" foi o tema das VII Jornadas de Serviço Social, organizadas pela Escola Superior de Educação do Politécnico de Castelo Branco, de novo com o propósito de discutir as dificuldades do setor, abordando-o nas dimensões política, relacional, assistencial, técnico-operativa e reflexiva.

Segundo Regina Vieira, coordenadora da licenciatura em Serviço Social, a iniciativa serve sobretudo de laboratório de aprendizagem para os estudantes, fomentando o trabalho em rede e a relação com as entidades que atuam junto da comunidade, de que são exemplo os estágios profissionais que todos os anos mobilizam mais de cem alunos do segundo e terceiro anos curriculares e sete dezenas de instituições.

Coincidindo com as celebrações do Dia Mundial do Serviço Social, que em 2023 se centram no respeito da diversidade através da ação social conjunta, na sétima edição destas jornadas foi apresentado um estudo sobre os desafios que se apresentam à nova geração de assistentes sociais, nomeadamente o acesso ao mercado de trabalho e a criação de uma ordem profissional.

Em paralelo, decorreu uma mostra com as ilustrações do livro “(RE)Existir: Narrativas em contexto de pandemia”, resultante da recolha de testemunhos acerca das “dificuldades psicológicas, emocionais e sociais que a Covid-19 trouxe”, a cargo da representação portuguesa da Rede Europeia Anti-Pobreza, que se associou ao evento através do núcleo distrital de Castelo Branco.

As Jornadas de Serviço Social contaram ainda com os contributos da Associação de Estudantes da ESE, da representação local do Movimento de Estudantes de Serviço Social, da Associação dos Profissionais de Serviço Social e da Age.Comm – Unidade de Investigação Interdisciplinar Comunidades Envelhecidas Funcionais. Soma-se a delegação de Castelo Branco da Cruz Vermelha, parceira na recolha de alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e material escolar destinados ao Banco de Bens do IPCB.

Para além de um almoço, a iniciativa contemplou também a partilha de algumas das conclusões do questionário “Vozes da ESECB”, para já com 158 respostas, cujo objetivo é o de gerar “um impacto político na nossa estrutura, porque é essa a matriz do serviço social”. O levantamento permitiu auscultar a opinião de alunos, professores e funcionários, identificando problemas e aglutinando ideias que ajudem a melhorar o ambiente e as infraestruturas da escola. Acrescentadas as propostas que três grupos de estudantes lançaram no world café, a amostragem será mais tarde alargada, culminando num relatório a apresentar à direção desta unidade orgânica do IPCB.


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