Decorreu no dia 17 de fevereiro de 2023 a cerimónia de tomada de posse do diretor da Escola Superior de Tecnologia (EST), Fernando Reinaldo Ribeiro, reeleito para um segundo mandato à frente daquela unidade orgânica do IPCB, a que se junta de novo na qualidade de subdiretor o docente Rogério Dionísio.

Depois do momento musical a cargo de dois estudantes da Escola Superior de Artes Aplicadas, Cristina Calmeiro, presidente do Conselho de Representantes da EST-IPCB, começou por revelar o “reconhecimento e apreço” pelos dois candidatos que se apresentaram ao ato eleitoral com “dois programas de ação diferentes”. Enaltecendo a “dedicação e profissionalismo” do empossado, cuja reeleição demonstra a “confiança na continuidade de um plano de trabalho” feito de “novos desafios, expetativas e mudança no processo de crescimento da EST”, a docente entende ser urgente “não deixar fugir oportunidades e agir com eficácia, eficiência, criatividade e audácia”, tarefa que exige “ambição, perseverança e enorme responsabilidade”.

Dirigindo-se também aos alunos, funcionários e docentes presentes no auditório da EST, bem como aos representantes das entidades convidadas, António Fernandes, presidente do IPCB, reiterou a necessidade de “reforçar a ligação ao tecido empresarial, às organizações locais e regionais”, disponibilizando-se para discutir “propostas de formação noutros modelos para trazermos mais gente para a escola e para que ninguém fique para trás”. Satisfeitos nos últimos quatro anos “todos os pedidos de contratação além-quadro” de modo a evitar “distribuições de serviço exageradas”, e abertos concursos de promoção de docentes de informática e proteção civil, a estender às engenharias, seguem-se novos concursos internos de promoção para professores coordenadores. Renovada a climatização de dois blocos com a instalação de uma bomba de calor, e garantidos equipamentos laboratoriais e formações sobre competências digitais em duas áreas técnico-científicas por via da Rede Politécnica A23, António Fernandes anunciou o investimento de 1,7 milhões de euros mais IVA na requalificação das instalações da EST, parte da verba resultante da aprovação de várias candidaturas ao Programa de Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.

Apesar das dificuldades, a Escola Superior de Tecnologia tem vindo a crescer, sendo “preciso continuar a trabalhar para atrair mais estudantes”, defende o diretor da unidade orgânica atualmente com cerca de 870 alunos, 310 deles pela primeira vez este ano letivo, 230 dos quais inscritos em cursos de licenciatura. Segundo Fernando Reinaldo, durante o primeiro mandato “criámos novas formações certificadas, tornámos algumas mais atrativas e adequadas às necessidades das empresas”, destacando os cursos técnicos superiores profissionais e aqueles promovidos no âmbito dos programas ReSkill ou UPskill. Na linha dos eixos estratégicos apresentados enquanto candidato, Reinaldo Ribeiro recordou medidas e ações prioritárias como a diversificação de públicos e a promoção de formações especializadas, nomeadamente de requalificação ao longo da vida ou específicas para jovens nas áreas da ciência, tecnologia e engenharia. Quando à produção de conhecimento e à prestação de serviços à comunidade, “incrementámos a investigação e a relação com as empresas”, sendo necessário “envolver mais docentes” no processo e “termos mais projetos em parceria”. A proximidade às escolas da região através de palestras técnicas ou ações de divulgação com o apoio de docentes e discentes da EST, e o “maior envolvimento” dos alunos do secundário em iniciativas como o INFOTEC e a Semana da Engenharia são outros pontos chave, sem esquecer a necessidade de criar melhores condições nos locais de estudo e trabalho, e de atender às carências económicas dos estudantes. Reiterando que o sucesso da EST “requer o envolvimento de todos”, Reinaldo Ribeiro conclui que a preocupação principal será “manter a escola coesa, envolvida nos seus objetivos”.

Já à margem da cerimónia, o diretor empossado confirmou que uma das soluções para a dificuldade em captar alunos por via do Concurso Nacional de Acesso passa “por cativar pessoas no ativo e jovens nas áreas STEAM”, com maior empregabilidade. “Temos multinacionais que se instalam cá, o que faz haver uma grande procura pelos nossos diplomados e que acabam por ficar na região”.


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