Paulo Fernandez e Ana Cristina Correia de Matos são, respetivamente, os novos diretor e subdiretora da Escola Superior Agrária (ESACB). A tomada de posse da equipa diretiva para o quadriénio 2023-2027 realizou-se a 3 de maio no auditório daquela Unidade Orgânica do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB).
Volvido o momento musical com Custódio Castelo, o Presidente do IPCB agradeceu à direção cessante, ovacionada de pé pela plateia, “o trabalho profícuo realizado em conjunto”, de que são exemplo as microcredenciais e a retoma do funcionamento do Curso Técnico Superior Profissional em Proteção Civil no âmbito da Rede Politécnica A23 (RPA23), bem como a requalificação de equipamentos e infraestruturas. Ainda no âmbito do projeto RP A23 referiu-se ao investimento superior a meio milhão de euros para requalificação de instalações, onde se insere o refeitório daquela escola, com arranque de obras previstas para o verão. No âmbito do PRR estão ainda previstos mais de dois milhões de euros do Programa de Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central para melhoria da eficiência energética do edifício. Quanto ao diretor eleito, conhecido pelo “rigor e capacidade de trabalho”, António Fernandes entende ser “capaz de continuar o trabalho desenvolvido e de nos apresentar outras propostas” que permitam fortalecer uma escola que ampliou o número de alunos ou “retomar as formações em que perdemos estudantes fruto da conjuntura nacional”.
Na sua intervenção, Ofélia Anjos, Presidente do Conselho de Representantes da ESACB, lembrou o “espírito de missão” que serviu de fundamento ao voto de louvor à direção em fim de funções. Quanto ao “processo evolutivo” da escola, e “aproveitando o melhor de cada um”, ficou o apelo à investigação e às sinergias. “Temos que perceber as necessidades das empresas e onde podemos ajudar a criar valor”.
Louvando a “capacidade de trabalho e resiliência” da equipa que o acompanhou na “segunda volta” em que dirigiu a ESACB (Isabel Castanheira e Elisa Ribeiro), Várzea Rodrigues apelou ao empenho e “responsabilidade profissional” da academia agrária: “a escola precisa de todo o nosso esforço”. Por ter sido um diretor “sempre disposto a ajudar em tudo”, Daniela da Silva Ramos, presidente do Núcleo de Estudantes da ESA, devolveu o elogio, pedindo ao sucessor que “lute sempre pelo melhor da nossa escola”.
Num estabelecimento que precisa de “continuar a expandir-se” e de reforçar os projetos de investigação e desenvolvimento nas suas áreas de atuação, Paulo Fernandez entende ser prioritário reinvestir na especialização e diversificação da oferta formativa, focada em novos públicos e “métodos diferentes de ensino”. Evocando as pós-graduações em parceria com a Universidade Aberta ou as já propostas em proteção de pessoas e bens, tal passa por atrair jovens para as áreas STEAM [ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática] e por atualizar as competências da população ativa. À comunidade, o diretor da ESA-IPCB pede “otimismo e confiança” na sua equipa, “vontade e determinação de superar os desafios”.
Louvando a produção científica de uma escola que deve “misturar o conhecimento sólido nas ciências agrárias com as áreas tecnológicas”, à margem da cerimónia Paulo Fernandez reiterou a necessidade de “consolidar licenciaturas e mestrados”, tal como de rejuvenescer um corpo docente “altamente especializado”, mas que importa melhorar “em áreas específicas”. Sendo o envolvimento em projetos de investigação essencial para a acreditação e avaliação de cursos, sobretudo os futuros doutoramentos, “temos que fazer parcerias, ganhar escala”. Aos estudantes, “o que de mais importante temos”, assegura que tudo irá fazer “para garantir e melhorar a qualidade do ensino”.

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