“Os 24 Carols de Christopher Bochmann” é o segundo álbum oficial do Coro Autêntico da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). Disponível em suporte físico e digital, o disco foi gravado em 2019 e dado a conhecer ao público em dezembro último.
Na linha da tradição anglicana, tratam-se de melodias populares de Natal com arranjos para três a oito vozes realizados por Bochmann entre 1973 e 2015. Além das músicas em inglês, francês, alemão, espanhol e latim, interpretadas há décadas por coros amadores e profissionais, destacam-se os seis clássicos em português – “Noite Feliz!”, “Eu Hei-de Me Ir ao Presépio”, “Olhei Para o Céu”, “Menino Jesus à Lapa”, “Loa de Natal” e “Ao Bom Jesus Saudemos” –, bem como “Of the Father’s Love Begotten”, composto para o Autêntico.
Radicado em Portugal desde a década de 1980, o compositor inglês foi diretor da Escola Superior de Música de Lisboa, sendo atualmente maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil e professor catedrático da Universidade de Évora. Inovador nas técnicas de composição e na análise musical, as suas obras abrangem desde a música para solistas à orquestral e de câmara, sem esquecer a ópera.

A coletânea de sonoridades natalícias sucede a “Coro Autêntico e Quarteto de Guitarras”, trabalho lançado em 2018. No primeiro álbum comercial do Coro Autêntico foram interpretadas sete peças inéditas de Andreas-Foivos Apostolou, Gonçalo Lourenço, Marcus Tristan, Jean Christophe Rosaz, Mário Ribeiro e Miguel Diniz. Entre outras, estas incursões pelos textos de Camões, Pessoa, Florbela Espanca, Ana Paula Rosa ou Octavio Paz também podem ser escutadas na íntegra no Spotify e no Youtube.
Com direção musical do maestro Gonçalo Lourenço, professor na ESART-IPCB, o Coro Autêntico é composto por mais de duas dezenas de alunos de instrumento, formação musical, canto e música electrónica, sendo objetivo do conjunto vocal de câmara continuar a centrar-se nas obras inéditas e em novos compositores.
A sua estreia no mundo discográfico deu-se, contudo, com dois trabalhos ainda sem distribuição no mercado. Do envolvimento num projeto de interpretação da música polifónica que se ouvia na Capela dos Duques de Bragança e na Sé de Évora e de Portalegre nos séculos XVI e XVII resultou o álbum onde são recuperadas obras de António Pinheiro, Duarte Lobo, Simão dos Anjos, Mateo Romero, Aires Fernandes, Roberto Tornar e Pedro Talésio, apresentado em 2016 em Vila Viçosa. No ano seguinte surgia o convite para gravar o Requiem de João Domingos Bomtempo, junto com a orquestra barroca Flores Mvsica.

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