A 19 e 20 de setembro, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) acolhe o Congresso Património Artístico da Ordem de Cristo entre o Zêzere e o Tejo – séculos XV e XVI, onde serão apresentados os resultados do projeto Ordo Christi. Este arranca na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), estendendo-se no segundo dia de trabalhos a Castelo Novo e Idanha-a-Velha.
 
Organizado pelo IPCB, em associação com os politécnicos da Guarda e Tomar e com a Naturtejo, o encontro científico tem como parceiros os municípios de Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão, bem como as dioceses da Guarda e de Portalegre-Castelo Branco, contando ainda com a consultadoria do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Inscrições e programa completo estão disponíveis na página do evento, em ordochristi.ipcb.pt.
 
Liderado por quatro docentes da ESART, o projeto de investigação do IPCB conta com especialistas nas áreas do design, turismo e história da arte. Para além de estudar a presença da Ordem de Cristo na Beira Interior, o Ordo Christi visa contribuir para a valorização, salvaguarda e divulgação do património artístico imóvel e móvel associado às comendas desta ordem entre os dois rios ibéricos.
 
A iniciativa académica pretende afirmar-se também como uma ferramenta de comunicação, disponibilizando instrumentos auxiliares para a preservação da memória histórica-artística e para a dinamização turística da região. Nesse sentido, está previsto o desenvolvimento quer de rotas turísticas na área geográfica em causa, quer de fichas descritivas dos edifícios e do património integrado, sendo criado para o efeito um sítio na Internet com mapas, sistema de informação e orientação, infografias, vídeos e imagens animadas.
 
Recorde-se que, com a dissolução da Ordem do Templo imposta pelo Papa Clemente V em 1312, o rei D. Dinis institucionalizou a Ordem de Cristo, a qual incorporou os privilégios e bens pertencentes aos templários, facto que em território nacional modelou sobretudo as zonas limítrofes ou de fronteira, como é o caso da raia beirã. Presença vincada por intermédio de manifestações artísticas realizadas ou patrocinadas pela Ordem ao longo das suas comendas na região, sobretudo entre o final da Idade Média e o início da época Moderna.

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