A fase regional do 17.º Concurso Poliempreende - Projetos de Vocação Empresarial foi apresentada a 5 de maio, de novo em formato videoconferência. Para além das intervenções de Nuno Castela, vice-presidente do Politécnico de Castelo Branco, e de Nuno Caseiro, coordenador institucional da iniciativa, a sessão destinada a inspirar e desafiar os estudantes a valorizarem as suas ideias contou com os testemunhos dos empresários Miguel Muñoz Duarte e Bruno Matias.

Para o consultor da iMatch e Ungap, a excitação precoce e a aparente facilidade levam a muitas desistências ante os primeiros obstáculos. Outrora considerado um mini gestor, “um empreendedor não é um jogador, mas um mitigador de risco”, refere Miguel Duarte. Se até há poucos anos a metodologia consistia em pegar numa ideia, fazer um plano de negócios e implementá-lo, hoje essencial numa startup é criar uma proposta de valor para um problema, testar os pressupostoes e validar os riscos. “Poliempreender é complicado”, mas sendo rentável e escalável existem oportunidades em todas as áreas. O foco deve estar na equipa, e o melhor estudo de mercado é “falar com os clientes.”

Já o engenheiro informático diplomado pelo IPCB, onde leciona, e vencedor da fase regional do Poliempreende em 2009 e 2016, foi buscar ao mercado conhecimento ligado à informática para a saúde e à economia social. A partir do projeto SiGAme – Sistema de Gestão de Administração de Medicação criou a startup Xhou, focada no desenvolvimento de software por medida como a aplicação Trackfish ou a Smarthive. Segundo Bruno Matias, “é preciso explorar as oportunidades, tempo para se dedicar ao negócio e cativar o cliente”, permitindo a troca de ideias melhorar o produto ou serviço.

Destinada a estudantes e diplomados, cujas equipas também podem integrar docentes, a competição lançada em 2003 no IPCB visa promover o espírito empreendedor e a vocação empresarial, bem como a criação de novos negócios de cariz inovador, com implantação local e potencial de crescimento. Nesta edição, o Poliempreende conta com o apoio do projeto de incentivo à inovação Link Me Up, o qual agrega instituições do ensino superior politécnico e do ensino profissional.

A submissão das ideias e planos de negócio decorre até 30 de junho, em https://pin.poliempreende.innovtek.net, sendo os resultados regionais anunciados a 7 de julho. Em jogo estão 2.000, 1.500 e 1.000 euros. Os projetos vencedores irão representar o IPCB na última fase do concurso nacional, entre 13 e 16 setembro em Santarém, onde marcarão presença os galardoados de cada um dos institutos politécnicos e das escolas superiores não integradas da PoliEntrepreneurship Innovation Network, competindo por prémios no valor de 10.000, 5.000 e 3.000 euros.

Informação adicional está disponível em https://www.ipcb.pt/ceder/poliempreende, podendo qualquer questão ser esclarecida através do e-mail ceder@ipcb.pt.


 

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