A Escola Superior de Educação do IPCB realiza no dia 5 de julho, a partir das 17:30, um seminário sobre musicoterapia para estudantes de licenciatura e mestrado, professores e comunidade educativa, que terá como oradora a Professora Dr. Eva Martín da Universidad de Extremadura – Facultad de Educación, no âmbito do Mestrado de Intervenção Social Escolar, coordenado pelo Professor Dr. Ernesto Candeias Martins.
Sabemos que o uso da música em ambientes educativos facilita a comunicação e a aprendizagem nos alunos, em especial os com necessidades educativas especiais. A conexão entre a música e as funções cerebrais, por exemplo a memória, a orientação, o equilíbrio, a mobilidade, a coordenação e, ainda de forma direta, com as emoções, são estimuladas e evocadas, ajudando na sua expressão. Assim, a musicoterapia constitui uma ferramenta educativa útil, ao nível escolar.
Ao utilizarem a música na sala de aula, os professores contribuem para criar um ambiente agradável em qualquer área curricular. O aluno escuta de maneira passiva e até inconsciente, mas a música repercute diretamente no seu bem-estar, no seu modo de estar e atuar no ambiente educativo, para além de estimular as emoções. A musicoterapia tem várias propriedades, entre elas: (r)estabelece as relações interpessoais; desenvolve a autoestima pela autorealização; usa o ritmo para desencadear energia e organização; identifica sons de forma pessoal, social e em grupo que motiva e estimula os alunos; desencadeia um processo indireto de mudança ao atuar como objeto intermédio promovendo pensamento positivo e emoções. Há muitos jogos de musicoterapia utilizados nas aulas com alunos com NEE, atividades alternativas para a integração com o apoio de técnicos e professores. 
Por conseguinte, a musicoterapia científica, integrada nas terapias criativas, é uma técnica terapêutica com interesse progressivo na (re)educação, prevenção e reabilitação e, em especial, na educação das emoções nos seres humanos, promovendo-lhes uma saúde e um treino emocional favorável a uma vida positiva. É, pois, um processo sistemático que supõe empatia, intimidade, comunicação e influência recíproca nas pessoas.  

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