O Instituto Politécnico de Castelo Branco é uma instituição portuguesa de ensino superior público politécnico. Foi criado em 1979, através do Decreto-Lei n.º 513-T/79 de 26 de dezembro, tendo iniciado a sua atividade, como instituição de ensino superior em outubro de 1980, após a tomada de posse da então primeira Comissão Instaladora, da qual foi presidente, entre 1980 e 1981, o professor José Geraldes Freire. Na sua primeira versão, conforme consta do citado diploma legal, o IPCB era composto por duas escolas, a Escola Superior Agrária e a Escola Superior de Educação. 

Em 1984 toma posse como presidente da Comissão Instaladora do IPCB o professor Vergílio António Pinto de Andrade, funções que vinha exercendo desde 1981, e que se prolongaram até 1995, ano da sua aposentação. Durante este período foram administradores do IPCB, o Dr. Adriano Minhós da Paixão e o Dr. José Ramos Vaz. Nesta época tiveram início as atividades letivas nas duas escolas iniciais, respetivamente a Escola Superior Agrária (ESACB), em 1983 e a Escola Superior de Educação (ESECB) em 1985. A Escola Superior Agrária funcionou em instalações provisórias no Campus da Sr.ª de Mércules (quinta experimental com 167 ha) até dezembro de 1989, quando foram inauguradas as suas instalações definitivas, no mesmo Campus. A Escola Superior de Educação ficou instalada nos edifícios que atualmente ainda ocupa, localizados no centro da cidade de Castelo Branco.

Com a publicação da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 46/86 de 4 de outubro) o IPCB passou a poder conferir, através das suas escolas superiores, para além do grau de bacharel, diplomas de estudos superiores especializados (DESE), bem como outros certificados e diplomas para cursos de pequena duração, fazendo equivaler o DESE ao grau de licenciado.

Durante os anos 90 do séc. XX o IPCB aumentou em número de Escolas, cresceu em termos de número de estudantes, docentes e pessoal técnico e administrativo, mas também em diversidade de áreas de formação. Assim, em 1990 surgiu a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG), com sede na vila de Idanha-a-Nova.

Em 1995 são publicados os primeiros Estatutos do Instituto Politécnico de Castelo Branco, os quais definem as finalidades, a natureza jurídica, os graus, a sede, a heráldica e simbologia, bem como a estrutura interna, órgãos, serviços e funcionamento. Os estatutos de então do IPCB determinam que o mesmo é constituído por cinco unidades orgânicas a saber: a ESACB, a ESECB, a ESTIG, o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (CEDER) e os Serviços de Ação Social (SAS). As escolas dispunham de autonomia científica, pedagógica, administrativa, financeira e disciplinar, possuindo órgãos próprios. Os SAS dispunham de autonomia administrativa e financeira dispondo, também, de órgãos próprios.

Após a aprovação dos estatutos inicia-se o processo eleitoral tendo em vista a primeira eleição democrática do presidente do IPCB. Assim, em 25 de junho de 1996 inicia funções, como primeiro presidente eleito do Instituto Politécnico de Castelo Branco, o professor Doutor Valter Victorino Lemos, posteriormente reeleito presidente para mais dois mandatos, mantendo-se nessas funções entre os anos de 1996 e 2005. Foram seus vice-presidentes o professor José Figueiredo Martinho e a professora Doutora Ana Maria Baptista Oliveira Dias Malva Vaz, sendo administradora a Dr.ª Otília Neves.

Na sequência de um processo de reorganização interna ao nível da estrutura do Instituto e da respetiva oferta formativa, em 1997, mercê da extinção, nesse mesmo ano, da ESTIG, foram instituídas duas novas escolas pelo Decreto-Lei n.º 153/97 de 20 de junho: a Escola Superior de Gestão (ESGIN), a funcionar em instalações localizadas na vila de Idanha-a-Nova e a Escola Superior de Tecnologia (ESTCB) que passou a ocupar as suas novas instalações no Campus da Talagueira.

Mais tarde, em 1999, foi criada a Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART). Esta escola funcionou em instalações provisórias cedidas pela Escola Superior Agrária até ao ano de 2014, ano em que foram inauguradas as suas novas instalações no Campus da Talagueira.

Em 2001 com a integração, no IPCB, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD), cujas novas instalações foram inauguradas em 2009 no Campus da Talagueira, o IPCB assume a dimensão que hoje possui em termos de número de escolas. A ESALD, herdeira natural da anterior Escola Superior de Enfermagem Dr. Lopes Dias, com mais de meio século de existência.

Em 11 de abril de 2005, inicia funções, como presidente do IPCB, a professora Doutora Ana Maria Baptista Oliveira Dias Malva Vaz, tendo a sua Presidência decorrido até 2009. Foi seu vice-presidente o professor Doutor João José Tavares Curado Ruivo, sendo administradoras a Dr.ª Otília Neves e a Doutora Maria Eduarda Pereira Rodrigues, respetivamente. Durante o seu mandato ocorreram alterações substanciais, desde logo com a publicação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). A sua implementação provocou alterações substanciais na organização interna das IES, havendo por isso necessidade de proceder à reformulação de alguns dos pressupostos em que assentava a gestão. Para além das mudanças organizacionais esta nova lei veio permitir que as instituições de ensino superior politécnico, para além do grau de licenciado passassem também a atribuir o grau de mestre.

Tendo em consideração as obrigações das IES, implícitas no novo articulado legal, foi iniciado, internamente no IPCB, o processo de revisão estatutária que conduziria à forma vertida nos estatutos do IPCB atualmente em vigor. Na redação dos novos estatutos todas as escolas do IPCB perderam a sua autonomia financeira, tendo mantido, no entanto, as autonomias pedagógica, científica e administrativa. Surge também a figura do Provedor do Estudante, até aí inexistente, com as funções de defesa dos direitos e legítimos interesses dos estudantes. Os novos estatutos criam novos órgãos consultivos tais como o Conselho de Coordenação Académica e o Conselho para a Qualidade e Avaliação e refletem em termos de heráldica a nova simbologia do IPCB.

Verificou-se ainda em 2005 o despoletar do processo de transição dos cursos do IPCB para o modelo de Bolonha, com efeitos visíveis já no ano letivo 2006/2007 tendo ficado concluído no ano letivo 2010/2011.

Digna de nota, foi também a inauguração, em 2006, do Campus Virtual do IPCB infraestrutura tecnológica sustentada em ligações de Internet sem fios e banda larga extensível a toda a instituição. Esta alteração foi paradigmática dela tendo partido o futuro desenvolvimento da instituição no domínio e utilização das tecnologias da informação e da comunicação.

Em termos de infraestruturas concluíram-se em 2009 as obras de construção da nova Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias localizada no Campus da Talagueira e inaugurada nesse mesmo ano.

Na sequência de eleições organizadas de acordo com o novo regime jurídico das instituições de ensino superior, toma posse como presidente do IPCB, em 7 de setembro de 2009, o professor Doutor Carlos Manuel Leitão Maia, sendo vice-presidente o professor Doutor José Carlos Dias Duarte Gonçalves e administradora a Dr.ª Leonor Godinho. Em 2014 seria reeleito para novo mandato tendo como vice-presidentes o professor Doutor António Augusto Cabral Marques Fernandes e o professor Doutor Nuno Filipe Alves Gaiola Castela, sendo administradores o Dr. Joaquim Raposo e a Doutora Maria Eduarda Pereira Rodrigues, respetivamente. Durante a sua presidência concluiu-se a adaptação das formações ao modelo de Bolonha, foi criado e aprovado o Regulamento de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente do IPCB (AVADOC), consolidou-se também o Sistema de Gestão da Qualidade no âmbito da Norma ISO 9000 que culminou com a obtenção da certificação por parte da entidade certificadora APCER e deu-se início ao estabelecimento de uma política de apoio à atividade de investigação com a criação de seis Unidades de Investigação e Desenvolvimento abrangendo diversas áreas do conhecimento.

Foi também o momento em que se concluíram as obras da nova Escola Superior de Artes Aplicadas, localizada no Campus da Talagueira.

Em 10 de maio de 2018 toma posse, como presidente eleito do Instituto Politécnico de Castelo Branco, o professor Doutor António Augusto Cabral Marques Fernandes, sendo vice-presidentes o professor Doutor Luís Pedro Mota Pinto de Andrade e o professor Doutor Nuno Filipe Alves Gaiola Castela e administradora a Doutora Maria Eduarda Pereira Rodrigues. Durante o tempo que leva o seu mandato no IPCB renovou a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade junto da APCER. Sob a orientação da nova equipa concretizaram-se, também, alterações na estrutura funcional dos Serviços Centrais e da Presidência tendo em vista dotá-los de maior eficácia em termos de resposta às solicitações. Igualmente reforçada foi a aposta na captação de estudantes internacionais com destaque para as parcerias e protocolos tendo sido, adicionalmente, tomadas importantes decisões relativamente à oferta formativa, designadamente no âmbito dos CTeSP. A 22 de junho tomou posse como vice-presidente do IPCB o professor Doutor Luis Manuel do Carmo Farinha. 

Em 6 de julho de 2022 o professor Doutor António Augusto Cabral Marques Fernandes renovou o seu mandato enquanto Presidente do IPCB, sendo vice-presidentes o professor Doutor Nuno Filipe Alves Gaiola Castela, o professor Doutor Luis Manuel do Carmo Farinha e a professora Doutora Ana Teresa Vaz Ferreira e administrador o Doutor Ricardo Filipe Gonçalves Batista.

Uma palavra para o associativismo juvenil o qual tomou forma com a fundação das primeiras Associações de Estudantes respetivamente na Escola Superior Agrária e na Escola Superior de Educação, tendo-se criado as restantes associações de estudantes, à razão de uma por escola e que, como convém, sempre desempenharam um papel de grande proatividade na vida académica do Instituto, apoiando os estudantes nas suas problemáticas e organizando eventos e iniciativas que visam a integração do estudante na instituição e o enriquecimento da sua vivência enquanto elementos integradores da academia. A 6 de janeiro de 2023 foi criada a Associação Académica de Castelo Branco.